Dia de St. António...
Uma véspera bem passada, com a minha casa a abarrotar de gente. Alguém disse que era tal e qual um Mini, cabe muita gente e nem se dá conta.
Alguns desgraçaram-se, eu ainda bem que não.
Foi giro, a primeira festa, a inauguração, os primeiros santos e estava mesmo no centro da festa.
Pareceu-me que a minha casa fez furor.
As minhas janelas eram as únicas decoradas aqui da zona.
Já de madrugada o trance bombava mesmo à frente da minha casa, meu querido Quim Barreiros, onde andaste tu? O cansaço acabou por vencer os graves a perfurar a minha mioleira.
O cheiro a sardinha já se entranhou nas minhas narinas.
Falando de coisas sérias:
desculpa St. António, não te ligo nenhuma e é por isso que a minha vida está assim com teias de aranha e solidão emocional.
Será que resulta, ou terá resultado, uma vela acesa para evocar alguma coisa? Nunca o saberei.
Uma sem abrigo gritava à pouco: não tenho dor dentro de mim, sou feliz.
E depois de ouvir isto quase me apeteceu chorar baba e ranho: tenho tudo e não o sou.
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