turismo

Este foi sem dúvida um fim de semana corrosivo.

Gosto do improvável e do imprevisto.

Sexta lá aceitei o convite para ir a Bairro Alto com o João e o Rui e fui surpreendida por uma sangria de espumante e frutos vermelhos incrívelmente boa e barata num bar relativamente recente na Rua da Barroca, e garanto-vos que é estranho ver pessoas no meio da rua no ambiente normal do Bairro a beber dos mais variados vinhos em copo alto de vidro! Para completar a noite, decidimos não nos armar em cortes e fomos para uma festa de Drum n'Bass... Deu para tirar a ferrugem nas articulações e imaginem que até me deparei com a malta da Trama, how odd is that?

Sábado tive companhia lá em casa desde muito cedo, guitarradas e sangria (para diabéticos) para começar. Depois do jantar (para diabéticos e intolerantes ao gluten), pegamos numa manta e no resto da sangria e fomos acampar para o miradouro da Sra do Monte. Soube bem estar na relva a jogar ás cartas ali no alto da cidade, com uma vista perfeita da luz nocturna de Lisboa e quando a companhia também é perfeita tudo parece encaixar. Só o vento nos expulsou quando a pele já estava toda arrepiadinha que nem pele de galinha.
Pegamos em nós os três e armamo-nos em turistas, fomos descobrir Alfama e que bem nos soube subir e descer escadinhas, entrar por ruelas e becos apertados, tirar fotos, escorregar pelos corrimões de ferro e ficar à porta das casas de fado para apanhar uma ou outra musica.
Acho que quando regressamos a minha casa, estavamos de paz de espírito.

Apaixonei-me por uma casinha que está à venda na Travessa das Mónicas.

Domingo chegou infernalmente quente, não tendo nada que ver com aqueles dias de verdadeiro assador a céu aberto que nos tostou a todos.
Aproveitei a boleia do Carvão e do Nuno para Cascais visto estar combinadíssimo assistir ao Martinho da Vila na Baía com a malta de Lisboa mas pelos visto toda a gente se esquivou excepto o João.
Foi uma tarde bem passada em Alcoitão na casa do Carvão, aquela malta é sempre boa companhia.
À noite lá fomos ver o Sr Martinho que apesar da idade, está ali impecável e admito que foi um concerto divertido e que o homem dá-lhe bastante.
O meu churro anual saiu rápidamente da cabeça quando me deparei com a fila estúpidamente longa.
Regressei a casa estoirada.

Acordei de rastos, hoje vou mesmo deitar-me com as galinhas.
Espero.
(tenho andado a pensar muito em ti últimamente)

tinto

Durante a semana ando em modo zombie só porque resolvi viver a vida sem ser ao típico fim de semana. E garanto-vos que é durante estes 5 dias que o mundo respira genuinamente.

Com a Heroes do Sr. David Bowie de fundo sinto-me capaz de tudo, sabe tão bem sonhar.

Ontem houve jantarada em casa da Sandra e do Nuno, supostamente para tratar do casório mas aconteceu tudo menos isso. Relembrou-se peripécias dum liceu à antiga, e lembrou-se pessoas que pela normalidade da evolução, acabam por desaparecer das nossas vidas. Penso que também demos cabo da reserva de vinhos porque quando demos conta já estavamos numa sessão de karaoke de musicas eternamente foleiras.

Por mais estranho que pareça, ultimamente as minhas noites têm sido passadas virtualmente algures em Braga, o que me faz sentir um pouco deslocada quando acordo.

A Ziggy Stardust é para ti.

tu

Para celebrar os quatro meses que estou nesta casa digo só isto:

tenho saudades tuas.

ausência

Esta longa ausência é esquisita mas sinceramente pareceu-me natural.
Já nem me lembro do último post.
Já aconteceu tanta coisa entretanto que escrever tudo não faria sentido algum.

Sentada na minha cama a ouvir St Vincent agora, faz todo o sentido quando se tem o portátil nos joelhos.

Deixei de me importar com horários de discanso. Para quê?
Se não fizer isto agora, quando o farei.
É tarde, eu sei. Amanhã vai-me custar levantar para ir trabalhar mas neste momento sinto-me bem.
O alcool ajuda um pouco nesta minha viagem pelo tempo perdido onde tudo e todos deviam estar em modo standby.

Sinto falta de muita coisa.
Sinto falta de estar simplesmente.

Terça feira passada fiz uma promesa.

Isto é estranho, voltar aqui, quero dizer.

Quero voltar ao antes.