Saturday, January 29, 2011

brindes

Quinta regressei ao Botequim da Graça para mais um concerto íntimo, desta vez da Rita Cardoso acompanhada pela Dra. Teresa. Foi fabuloso.
Como no dia anterior tinha feito um bolo de laranja, convidei o Tiago para uma ceia na minha casa depois do Botequim. Ficamos em conversa acesa até esquecer horas e obrigações do dia seguinte. Rendemo-nos ao horário tardiu já bem perto das 6 da manhã.
Sabe tão bem ter estes momentos de partilha.

O dia de ontem no atelier até não custou a passar porque felizmente havia muito que fazer.

À noite houve o jantar da Joana Aguiam e depois fomos ter com o Carvão, Pimenta e Joana lá à dita taberna medieval.
Casa a transbordar de gente.
Havia música ao vivo que nos obrigou a inventar passos de dança.
Violino, Percussão, Gaita de Foles e Alaúde foram os condutores da folia.
Uma paródia de cerveja em copos de barro e em cornos de qualquer coisa, bater com as mãos nas mesas ao ritmo, brindes tolos e um ambiente bem porreiro, a diversão total.
Assim de repente até parece que andamos para trás no tempo, não fosse a máquina de multibanco wireless e a nossa indumentária futurista.
Foi uma noite memorável para repetir.

Hoje vou ao Alquimista ver or Capitães da Areia, ganhei um bilhete!

Wednesday, January 26, 2011

sombra

Depois de ter recusado gentilmente o convite feito pela Estela e pela Andreia para ir ao cinema por não estar com o mood indicado, decidi espreitar um bar que abriu há relativamente pouco tempo aqui na baixa.
Já tinha passado por lá algumas vezes e o aspecto convidava a entrar: mesas e cadeiras de madeira e muitas velas. No Sábado o Carvão disse que tinha lá estado, por sinal seria uma taberna medeaval e que aconselhava a sua visita.
Foi muito agradável, deu para matar saudades de escrever à luz das velas. Ambiente propício a intropecções. Funcionou porque apesar de ter estado sozinha, sentia-me preenchida de alguma forma. Exorcisei-me um pouco e depois fiz-me à calçada rumo a casa.

De manhã ao passar pelos cafés, adoro sentir aquele aroma a torradas e a galões acabadinhos de tirar, quando ainda têm aquela espuminha por cima.

Saturday, January 22, 2011

encontrar-me

Terça acordei com vontade de morrer, se não fosse a obrigação laboral, ninguém me arrancava da cama.
Fui obrigada a sair de casa para ir jogar snoocker...valeu pela companhia divertida que me animou.

Quarta, Groove 4tet no Bicaense.

Quinta, O Filho da Mãe no Botequim da Graça. É sempre mágico.
Fiz jantar para quatro. Depois do concerto ainda voltamos para minha casa petiscar umas pancakes e continuamos noite fora numa palheta agitada. Há quem diga que este serão quase que foi melhor que o da passagem do ano. De certa forma, não poderia concordar mais.

Sexta, já a ressacar de tanta actividade nocturna lá fui eu ver os Groove novamente no Onda Jazz. Desta vez não tive companhia. Foi muito bom e é sempre um prazer vê-los.

Depois disto tudo acho que consegui vir ao de cima, os meus pensamentos macabros deixaram-me por agora. Sinto-me mentalmente mais sã mas continuo cheia de incertezas.

Hoje foi dia para hibernar. Recuperar forças depois de as ter perdido durante uma semana bastante agitada.
Daqui a pouco vou para Cascais porque amanhã é dia de votar.

Monday, January 17, 2011

vinho

Depois de uma semana um tanto atribulada e de me render à cama bem cedo na sexta, acordo cedo no sábado para a lida do costume. Compras e limpezas, preparativos para a jantarada que se avizinhava por estas bandas.
Casa apinhada deu resultado a todos termos de comer em faianças plásticas.
Correu tudo muito bem, as iguarias foram aprovadas pelos homens que frequentam a minha casa (soa mal...). Cozinhar para 8 nesta mini casa dá trabalho.
Já muito ensopados de vinho descemos rumo ao Onda Jazz.
Concerto perfeito do Barretto, Salgueiro e companhia.
Deu para dançar um slow apaixonado com o Nuno e tentar obrigar o Joca a fazer o mesmo mas acabei por dançar sozinha numa espécie de monólogo esquizofrénico.
Cheguei a casa bem torta de mão dada pelo Nuno que me arrastava pelas subidas horrendas.
Nessa noite dormi na paz dos anjinhos.

Domingo em limpezas dos estragos da invasão e vegetar no sofá em frente à tv.

Hoje, início da semana com uma terrível dor de cabeça.
Vamos lá ver como corre o resto pois vêm aí muitos concertos de seguida.

Thursday, January 13, 2011

terramoto

2 da manhã e eu estou sentada na cama de mac nas pernas, de phones nos ouvidos com canções de embalar. Tudo isto acontece porque vivo numa casa onde o chão é super fino e como tudo na vida, os que estão em cima nunca se lembram dos que estão de baixo.
A minha vizinha lembrou-se de fazer uma festa, tem todo o direito. Só gostaria que soubesse que até a casa estremece e que oiço tudo, bem como quase apetece gritar a resposta à pergunta para queijinho no Trivial...
Há uma hora atrás estava deitada a tentar adormecer, desisti.
É uma grande chatice porque embora esteja completamente de rastos, as coisas não deixam de passar pela minha cabeça à velocidade da luz.

Pensar...
Pensar para quê?

Há pouco estava a ouvir Walter e ele diz isto : we might never fall in love but you can kiss me anyway.
É mesmo isto, somente isto

Todas as dúvidas ganham o tamanho do mundo, sombras exponenciais.

Estou tão cansada...

Sunday, January 9, 2011

adolescência

Hoje é dia de aniversário do Liceu Passos Manuel.
Aos bons e maus momentos passados nos bancos de pedra.
Às amizades para uma eternidade.
A uma adolescência tirada a ferros.

Saturday, January 8, 2011

P&B

De cigarro em riste e a saborear um belo dum Gin Tónico caseiro, penso nas coisas que têm acontecido ultimamente e nas coisa que tenho andado para partilhar.

Hoje acordei com um mood cinzento, talvez seja do tempo não sei mas sinto um abandono esquisito. Parvoíces minhas daquelas que dão direito a umas belas bofetadas.
A companhia da Andreia animou o meu estado de espírito.

Ando para dizer que todas as manhãs quando vou para o trabalho me cruzo com um senhor que parece tal qual o Picasso quando era jovem. Esboço um sorriso todos os dias. Só pode ser uma miragem.

Ontem ouvi o Amola Tesouras mais desafinado da minha vida. Quando o vi lá no fundo da Rua do Carmo, até senti butterflies mas depois o pobre homem tocou aquilo de uma forma tão pouco familiar que só me deu vontade de rir. Já não se fazem Amola Tesouras como antigamente.

Quinta o meu avô Zé fez anos, 85, e o velhote já não quis fazer contas da idade que tem. Em conversa fiquei a saber que ele fez a tropa lá em cima na Graça e soube dizer exactamente onde moro: " ah sim, naquela rua onde o electrico da aquela curva". Fomos os do costume lá a casa. Foi giro.

Terça, fui ao cinema. Apeteceu-me. Já é tão raro que uma simples ida faz milagres ao ego. O filme Stone revelou-se ser um excelente exercicio de alma, das coisas que fazemos e dos pecados que sem o sabermos cometemos.

Segunda feira foi dia de digerir um fim de ano bem passado, na companhia daqueles que fazem todo o sentido na minha vida. Por isso agradeço aos que quiseram partilhar a inaguração dum ano novo na minha casinha.
Noite de filme vintage caseiro. Uma boa surpresa este 12 Angry man sugerido pelo Eurico que me anda a levar para maus caminhos.

Domingo, sessão de cinema em casa da Estela com direito a pipoca do Pingo Doce que é igual ao dos cinemas.

Sábado perfeitamente passado na companhia mais perfeita, intervalando com limpezas da noite anterior.

É gratificante quando as pessoas se sentem bem comigo e quando querem partilhar momentos.

2011 não podia ter começado da melhor maneira.
E quando sugeri que escrevessemos os nossos desejos para 2011 e os queimassemos no Largo das Pichas Murchas, não estava à espera que se concretizassem tão depressa.
Espero que aconteça exactamente o mesmo com todos os que depositaram esperança neste gesto simbolico.